quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Deixemos cair por terra as máscaras e as pinturas da face. Sigamos de rosto e espírito limpos rumo ao amanhecer de nossa luta. Não basta sermos apenas os teóricos do amanhã ... alegóricos seres que pendem de cordões manipulados, marionetes de um trágico espetáculo ... oráculo de respostas feitas de plástico.
Tentemos desatar estes nós que nos envolvem os braços, procuremos usar estas fibras para tecer as escadas de nossa fuga. Fuga esta não da realidade, mas sim das letargicas promessas de que um dia tudo muda ... luz do fim do túnel ... túnel de uma infinita travessia.
A rebeldia se esconde em uma ilha, ilha esta cercada por mil armadilhas e masmorras frias. O ser livre é algo incomodo, que denota batalhas e destruição da mesa posta;não é uma aposta nem tampouco um monte de bosta. É mais um momento de expansão, aonde um ser se torna fruto de seu querer ... sem querer alimentar as fornalhas da usina, sem querer perpetuar as maldades da tirania.
Mar/1993

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