Sempre sonhamos, sempre imaginamos transformar este mundo em um algo melhor, em alguma coisa pelo qual tenhamos vontade de viver, de amar e mesmo sonhar.
O pouco que queremos representa muito para os manipuladores de pensamento ... sentimentos dispersos, imersos na agonia e no sofrimento; poucos sabem o que de fato é esta tal realidade ... real idade das trevas, escuras e espessas cortinas de merda a vendar olhos famintos, a encobrir os mortos nas rasas valas dos monumentos.
Afinal, a quem interessa esta fome e miséria que assola e devasta nossa terra?
Porque tantos interesses se sobrepõem às necessidades da sociedade?
Respostas ... por mais que tentemos não encontraremos, pois estaremos sempre andando em círculos ... vivemos num imenso circo no qual os atores somos nós mesmos ... os palhaços sem pintura que riem a toa enquanto a lona desaba em chamas ... labaredas insanas a devorar carne humana, a transformar em pó o sonho que sempre sonhamos.
Chega desta alegoria absurda, basta de termos que engolir as fezes das diversas oligarquias, perversas tiranias.
Mar/1993
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